Super Nintendo: uma breve história do 16 bits

Confira uma breve história da vitoriosa trajetória do console de 16 bits da Nintendo mais vendido da 4º geração de videogames: o Super Nintendo Entertainment System

 Era o final da década de 1980. Novos consoles já despontavam no horizonte. Máquinas poderosas como o Mega Drive, Turbo Grafx-16, Neo Geo, estavam mostrando sua força e impressionando os jogadores de todo o mundo, em especial o público norte americano. A versão americana do Mega Drive, chamada de Genesis, começava a ameaçar a egemonia da Nintendo, com jogos rápidos e temas voltados para um público mais maduro.  Ainda dominando mais de 90% do mercado a Nintendo estava confiante que não perderia sua força. Mais aos poucos o cenários mudaria, revelando que o sucessor do NES deveria ser projetado e lançado o mais breve possível. 

Super Nintendo em sua versão norte americana

A Nintendo, até então na dianteira do mercado dos games, apostava no upgrade do seu Family Computer. O projeto ficou a cargo de Masayuki Uehara, que havia anos antes projetado o Famicom, e estava pronto para repetir o feito com seu sucessor. Sendo lançado em terras nipônicas em 21/11/1990, o Super Famicom custando 25 mil ienes, teve procura massiva dos fãs vendendo o estoque de 300 mil unidades em poucas horas. Custando aproximadamente 210 dólares, apareceu nos Estados Unidos em 18/11/1991 com o nome Super Nintendo e um projeto de carcaça todo redesenhado. 

No Brasil o console só chegaria tardiamente, em 30 de outubro de 1993, produzido pela Playtronic, uma parceria entre a indústria de eletrônicos Gradiente e a famosa marca de brinquedos Estrela.

O preço do console era consideravelmente alto, fazendo com que fosse mais difícil a popularização do aparelho nos Estados Unidos, custando na época US$ 199,00, e no Brasil o equivalente a R$300,00 reais (em torno de R$ 2.500,00 em valores atuais), o que na época era muito dinheiro, em torno de 3 salários. Outros problemas, como uma biblioteca inicial limitada de games e desorganização no lançamento atrapalharam os primeiros anos do Super Nes. 

Ficha Técnica do Super Nintendo / Super Famicom

Mesmo com tantas dificuldades, o 16 bit da Nintendo tinha suas vantagens, como por exemplo o bom processamento gráfico, com 32 mil cores, 256 simultâneas na tela, resolução de até 512x478 pixels, efeitos de zoom, rotação, transparência e um chip de áudio muito competente, que reproduzia sons muito semelhantes aos instrumentos musicais.

O efeito de rotação e zoom foram muito bem usados em jogos como F-Zero, Pilotwings, e Super Mário Kart. Até mesmo o clássico Super Mario World trazia alguns efeitos do chamado Mode 7, como o rotação e escalonamento de imagens na tela em tempo real, além de lindas cores e sprites grandes.

Com jogos cada vez melhores, o Super Nintendo forçava a concorrência a lançar periféricos que mais tarde se mostraram uma péssima ideia, confundindo o público que gastava muito dinheiro em acessórios que rapidamente perdiam sua funcionalidade.

Mais tarde, com o lançamento de chips especiais, que eram adicionados diretamente no cartucho, a velocidade de processamento do Super Nes, que era de 3.58Mhz, poderia chegar até absurdos 21Mhz, como por exemplo o super chip FX2, utilizado em Super Mario World 2: Yoshi's Island, e o Super FX utilizado em Star Fox e Stunt Race FX, e outros, gerando gráficos poligonais simples, que surpreendiam na época.

Talvez o 16 bit da Nintendo não tivesse conseguido fazer tanto sucesso, se não fosse seus ótimos jogos, Tanto as grandes franquias, como Super Mario, Zelda, Metroid e outras, como outros que deram uma grande contribuição ao console, como Donkey Kong Country, Super Mário RPG, Super Mario Kart, Mega Man X, Chrono Trigger, Final Fantasy, Street Fight e muitos outros. O Super Nintendo permaneceu firme até o ultimo momento, sendo produzido até 2002. O vídeo game foi um sucesso absoluto tendo mais de 50 milhões de cópias vendidas e cerca de 2.000 títulos lançados. 

Fonte da matéria: https://www.kingsmartpgnews.com/2021/04/super-nintendo-uma-breve-historia-do-16-bits.html

Por: Marcos Schade